Suplemento alimentar de vitaminas K e D3: coagulação sanguínea, ossos

O potencial dos benefícios para a saúde oferecidos pela vitamina K2 torna-a, tal como a vitamina D3, um dos suplementos nutricionais mais relevantes dos últimos anos. A junção de vitamina D3 neste complexo facilita a absorção e o transporte do cálcio no sistema ósseo. Reforça significativamente a acção da menaquinona-7 agindo na formação óssea e na densidade mineral óssea nas mulheres menopáusicas que sofrem ou não de osteoporose. Estas duas substâncias actuam portanto em sinergia.

Por outro lado, estudos recentes mostraram que a vitamina D3 contribui para a manutenção e apoio da actividade insulínica do pâncreas e para o metabolismo dos glícidos e sustenta eficazmente as funções imunitárias. A sua associação à vitamina K2, numa toma única diária mais equilibrada, faz de MK-7 + D3 um suplemento nutricional preventivo indispensável:

• Para os indivíduos com risco hemorrágico;
• Para quem apresenta uma má absorção intestinal (doença de Crohn, doença celíaca, diarreias crónicas…);
• Para os idosos;
• Para quem sofre de osteoporose, ou pelo menos para todas as mulheres menopáusicas; • para quem apresente riscos de doenças cardiovasculares ou de cancros.

A quem se destina a suplementação por MK-7 + D3?

Recentemente, investigadores da universidade de Maastricht demonstraram mesmo que muitas pessoas saudáveis tinham falta de vitamina K e que a toma de um suplemento em vitamina K2 seria benéfico para todos os indivíduos com mais de quarenta anos. A dose diária útil de MK-7 está definida em 90 mcg por dia, a tomar durante uma refeição que forneça outras fontes de lípidos – para uma melhor assimilação – apesar de as cápsulas de gelatina mole já serem compostas por óleo de linhaça, reconhecido por ser rico em ácido alfa-linolénico, um ácido gordo essencial, líder dos omega 3. A vitamina K2 não tem toxicidade própria. Contudo, e tendo em conta o seu poder “coagulante”, é desejável aconselhar-se com um terapeuta caso tome regularmente anticoagulantes (cumarina, heparina…).

Segundo um recente estudo espanhol realizado com mais de 7000 participantes durante cerca de 4,8 anos, as pessoas que aumentaram o seu consumo de vitamina K (filoquinona e menaquinona) apresentavam um menor risco de cancro e de mortalidade, independentemente da causa, do que as que reduziram ou não alteraram o consumo desta vitamina. Assim, os investigadores concluíram que um aumento do aporte alimentar em vitamina K está associado a um risco reduzido de doenças cardiovasculares, de cancro ou de mortalidade (independentemente da causa) no seio de uma população mediterrânica apresentando um risco elevado de doença cardiovascular. Segundo um estudo japonês, com a duração de um ano, envolvendo mulheres com mais de sessenta e cinco anos e doença de Parkinson, a toma de suplemento com vitamina K (45 mcg por dia) permitiu reduzir o número de fracturas da bacia e aumentar ligeiramente a densidade mineral óssea nestas mulheres, relativamente ao grupo de controlo por placebo. Um estudo mais recente mostrou que a vitamina K2 se revelou um bom agente preventivo da doença de Parkinson dado que serve de transportador de electrões, mantendo níveis de ATP normais nas mitocôndrias.

Quais são os componentes do suplemento MK-7 + Vitamin D3?

O termo vitamina K agrupa diversas substâncias que derivam do núcleo 2-metil-1,4-naftoquinona ou menadiona e estão envolvidos na activação de determinados factores da coagulação. Existem duas formas naturais e atóxicas, que diferem pela sua cadeia lateral:

• A filoquinona ou fitomenadiona (vitamina K1). É sintetizada pelas plantas e mais especificamente pelos legumes de folhas verdes (crucíferas: couve, salsa, espinafres, alface). É lipossolúvel, estável com o calor, mas sensível à luz e aos meios alcalinos.
• As menaquinonas (vitaminas K2) sintetizadas pelas bactérias do tracto intestinal, mas que infelizmente são globalmente eliminadas nas matérias fecais em vez de serem distribuídas nos vasos, nos ossos e nos diferentes tecidos. Encontramos também estas vitaminas K2 nas miudezas de animais, nas carnes, nos produtos fermentados tais como certos queijos e sobretudo no nattō, um alimento japonês tradicional à base de feijões de soja fermentados, de longe a fonte mais relevante de vitamina K2, mas que lamentavelmente não é consumido diariamente pelos ocidentais.

A vitamina K foi designada desta forma pela actividade que desempenha na “Koagulation” (em alemão). Na verdade, depois de chegar aos vasos linfáticos, é captada pelos quilomícrons e acumula-se ao nível do fígado – onde vai participar na síntese de quatro factores da coagulação, entre eles o factor II (protrombina) e respectiva conversão em trombina. A vitamina K activa a síntese de osteocalcina, uma hormona específica do tecido ósseo, sintetizada pelos osteoblastos. Garante dessa forma a mineralização dos ossos capturando e repartindo o cálcio pelo organismo, ao nível dos ossos e dos dentes. Além disso, contribui para a sua mobilização afastando-o das artérias e dos tecidos moles, o que preserva estes últimos de uma calcificação ulterior, como a aterosclerose e a calcificação aórtica, e sustenta o bom funcionamento do sistema renal evitando os cálculos renais causados por cálcio. Assim, tomada sob a forma de suplementos, a vitamina K permite reduzir os acidentes associados à osteoporose, evitando as fracturas (da bacia por exemplo) e evita sobretudo a calcificação das artérias.

A vitamina K2 é também um dos melhores agentes preventivos contra a inflamação crónica que pode provocar danos durante anos a fio, silenciosamente, nos tecidos e contribuir dessa forma para o desenvolvimento de doenças intrinsecamente ligadas a esse tipo de inflamação: cancros, obesidade, doenças cardiovasculares (limitando os acidentes vasculares cerebrais e os enfartes). Na realidade, alguns estudos mostraram que a vitamina K2 combate os fenómenos ligados à inflamação, inibindo os marcadores pró-inflamatórios produzidos pelos monócitos. De entre as menaquinonas que constituem a vitamina K2, a menaquinona-7 ou MK-7 é a fracção que possui a biodisponibilidade e actividade mais elevadas. A menaquinona-7 é utilizada no Japão desde 1995 para preservar e reforçar os ossos e as articulações. As investigações permitiram demonstrar que ela regula a produção do cálcio activando:

• Uma proteína específica, responsável pela optimização da ligação do cálcio à estrutura óssea, indispensável para a solidez dos ossos;
• Uma proteína que impede que o cálcio se deposite nas paredes dos vasos sanguíneos, sustentando assim a saúde cardiovascular.