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Associações alimentares em garfos

Boas associações alimentares – princípio e menus-tipo

Como associar os alimentos para os digerir melhor e deles retirar o máximo de nutrientes? Siga estes conselhos provenientes da naturopatia, com as nossas explicações e menus-tipo.

As associações alimentares para propiciar a digestão

A alimentação moderna ocidental induz uma quantidade considerável de problemas digestivos, sem contar os outros efeitos indesejáveis potencialmente graves, como a diabetes, a obesidade, doenças cardiovasculares, etc. (1)

Por isso, inchaços, diarreias, flatulências, fadiga digestiva, dores abdominais e outros problemas da digestão têm uma prevalência cada vez maior nas sociedades ocidentais (2).

E com razão: hoje em dia é ponto assente que a alimentação “standard” é demasiado rica, misturando proteínas animais de vários tipos (carnes e queijos, por exemplo), feculentas, legumes, açúcares e frutas, sem contar com as gorduras nem com o álcool.

Ora, já o célebre médico grego Hipócrates preconizava ser importante não consumir alimentos que fazem concorrência uns aos outros durante a digestão. O princípio: permitir, durante as refeições, que cada alimento seja digerido em pleno (3).

Comer bem, consoante os princípios da naturopatia, pressupõe portanto conhecer melhor o local onde é feita a digestão dos alimentos. Assim: (4)

  • os glúcidos são geralmente pré-digeridos na boca pelas amilases – enzimas da saliva que decompõem o amido;
  • as proteínas são essencialmente digeridas no estômago, em meio ácido, pelos sucos gástricos;
  • os lípidos são processados no intestino delgado pela bílis, que intervém também complementando a ação das bactérias presentes no intestino, para concluir a extração dos nutrientes do bolo alimentar.

A dieta Shelton ou dieta dissociada

Esta constatação dos locais permite aproximar-se, por fim, dos mecanismos envolvidos nas dietas ácido-base. Efetivamente, um dos fundadores das “associações alimentares” promovidas hoje em dia pelos naturopatas é o doutor Shelton, um nutricionista americano do século XX que propôs um tipo de dieta específica, que consiste em nunca misturar na mesma refeição alimentos alcalinos e alimentos ácidos (5).

Em suma, para o doutor Shelton, convém consumir um único tipo de alimento por refeição. Fala-se, por isso, de « dieta dissociada ». Por exemplo, unicamente proteínas de origem animal ao almoço e depois glúcidos (feculentas) e legumes ao jantar.

Numa lógica semelhante, mas menos limitadora, os naturopatas começaram a sugerir dietas que associam carnes e legumes (numa lógica de equilíbrio ácido-base) por um lado, e feculentas e legumes, por outro.

Os problemas das dietas dissociadas

Ao início, a dieta do doutor Shelton, como todas as dietas dissociadas, foi criada para permitir perder peso, com base no princípio de que os alimentos – quando consumidos independentemente uns dos outros – não faziam engordar. Na realidade, estas dietas dissociadas são hipocalóricas e podem, por conseguinte, fazer emagrecer. E fazem-no proporcionando igualmente um maior conforto digestivo.

Contudo, a maioria dos nutricionistas continua prudente relativamente a este tipo de dietas e recomenda, sobretudo, evitar praticá-las durante mais de 3 meses, sob pena de desenvolver carências alimentares. Para o(a) ajudar a evitar as carências em caso de dieta dissociada, pode também tomar suplementos alimentares tais como a nossa fórmula Daily 3, para um aporte completo de vitaminas e minerais.

Alguns menus-tipo de associações alimentares extraídos da naturopatia

Os naturopatas apropriaram-se desta abordagem dissociada, combinando-a com a abordagem de Hipócrates para classificar os alimentos em 4 grandes grupos: (6)

  • as proteínas fortes, que integram as carnes, os peixes, os ovos, os queijos de pastas cozidas e os frutos do mar;
  • as proteínas fracas, que incluem as leguminosas, os cogumelos, as algas, o queijo fresco e as oleaginosas;
  • os amidos fortes, que incluem os cereais (trigo, cevada, aveia, arroz, etc.), os pseudo-cereais (quinoa, sarrazeno, etc.) bem como os seus derivados (massas, sémolas, etc.);
  • os amidos fracos, que incluem as batatas, a batata-doce, as abóboras (menina, manteiga, etc.), cenouras, castanhas, mas também flocos de cereais, etc.

Os princípios são, por conseguinte, nunca associar nutrientes fortes a outros nutrientes fortes, mas, pelo contrário, associar um nutriente forte a um nutriente fraco. Isto para facilitar a digestão e otimizar a assimilação dos nutrientes.

Assim, pode associar, por exemplo:

  • peixe grelhado (ou cozinhado a vapor), sem gordura adicionada, com cubos de abóbora hokkaido assados no forno;
  • carne de aves grelhada (ou cozinhada a vapor), sem gordura adicionada, com cenouras salteadas;
  • uma salada de quinoa, queijo feta, azeitonas, pimentos;
  • arroz (preferencialmente integral), lentilhas, cenouras, avelãs moídas;
  • etc.

E isto, sem esquecer que, ao passo que é desaconselhado associar nutrientes fortes na mesma refeição, em contrapartida é fortemente aconselhado consumir todos os tipos de nutrientes ao longo do mesmo dia. Por exemplo, privilegiando as proteínas fortes (de origem animal) ao almoço para beneficiar de um efeito “boost” e os amidos fortes ao jantar, para beneficiar de um efeito calmante, que facilita o adormecer.

Se for ovo-lacto-vegetariano, se digerir corretamente a lactose e desejar privilegiar as refeições vegetarianas, pode igualmente completar as suas refeições do dia com um ou dois batidos de whey (ou seja, soro de leite ou “lactosérum”) para um aporte suficiente de proteínas (7).

E se, apesar de experimentar várias dietas, continuar a sentir um certo desconforto digestivo, pode também experimentar o suplemento Digestive Enzymes, que contém, nomeadamente, fenacho, reputado por contribuir para a saúde digestiva. Pode igualmente completar com um probiótico para um aporte muito bem-vindo em microrganismos (por exemplo, iniciar uma cura de Probio Forte).

Por último, os naturopatas recomendam ingerir a fruta exclusivamente for a das refeições. Isto porque a fruta é digerida em 15 a 30 minutos; uma digestão rápida que é prejudicada quando a fruta é misturada no bolo alimentar das refeições, cuja digestão é mais demorada.

Referências

  1. O'KEEFE JR, James H. et CORDAIN, Loren. Cardiovascular disease resulting from a diet and lifestyle at odds with our Paleolithic genome: how to become a 21st-century hunter-gatherer. In : Mayo Clinic Proceedings. Elsevier, 2004. p. 101-108.
  2. Price, K.R., Lewis, J., Wyatt, G.M. and Fenwick, G.R. (1988), Review article Flatulence — Causes, relation to diet and remedies. Nahrung, 32: 609-626. https://doi.org/10.1002/food.19880320626
  3. JOUANNA, Jacques. Dietetics in Hippocratic medicine: definition, main problems, discussion. In : Greek medicine from Hippocrates to Galen. Brill, 2012. p. 137-153.
  4. https://www.vidal.fr/sante/nutrition/corps-aliments/digestion-aliments.html
  5. SHELTON, Herbert M. Food combining made easy. Book Publishing Company, 2012.
  6. VASEY, Christopher. Petit traité de naturopathie. Jouvence Santé, 2013.
  7. KILARA, A. et VAGHELA, M. N. Whey proteins. In : Proteins in food processing. Woodhead publishing, 2018. p. 93-126.

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