Se ainda não é afetado pela hiperplasia benigna da próstata, saiba que ela irá chegar mais cedo ou mais tarde. Mais de 90 % dos homens são atingidos por ela aos 80 anos e, para a grande maioria, os sintomas começam muito antes desta idade. Tem, portanto, todo o interesse em conhecer os complementos e os alimentos que abrandam este inchaço, pois os sintomas dele decorrentes são muito limitadores:
Estes sintomas podem ser mais ou menos marcados em função do aumento do volume da próstata, que pode atingir até 7 vezes o seu tamanho inicial (na ordem dos 20 g!). Os complementos alimentares mais úteis têm, portanto, como objetivos interromper ou abrandar este inchaço e, além disso, melhorar os sintomas que já se tenham manifestado.
Eis, por ordem de pertinência, os melhores complementos para a próstata de acordo com a literatura científica.
O beta-sitosterol é uma mistura de esteróis vegetais naturalmente presentes na natureza. É com toda a certeza o composto mais validado cientificamente para o tratamento da hipertrofia benigna da próstata. Não só a quase totalidade dos ensaios clínicos (1-5) mostra que o beta-sitosterol alivia todos os sintomas ligados à hipertrofia benigna da próstata com, além disso, parece que os efeitos se prolongam depois de deixar de tomar o suplemento (6). Ele agiria inibindo a atividade de uma enzima responsável pela transformação da testosterona em diidrotestosterona (DHT): a 5-alfa-redutase.
A dosagem certa: de 60 mg 180 mg de beta-sitosterol por dia entre as refeições (o que aumenta a sua absorção), ou seja 1 a 3 cápsula(s) de Beta-Sitosterol 60 mg.
A palmeira anã é uma planta que contém esteróis, nomeadamente beta-sitosteróis. A maioria dos ensaios clínicos (7-14) mostrou que a toma de um suplemento de extrato de palmeira anã melhorava significativamente o fluxo urinário e muitos outros sintomas mensuráveis dos problemas de próstata. Tem duas vantagens relativamente aos medicamentos: não provoca qualquer efeito secundário e não altera os índices de PSA (antigene específico da próstata), uma molécula segregada pelo organismo que serve de marcador para despistar o cancro da próstata.
A dosagem certa: 320 mg por dia de um extrato normalizado de 85 a 95% de ácidos gordos e de esteróis acondicionado da forma ideal em cápsulas de gelatina mole.
O pólen é a semente macho produzida pelos estames das flores. Curiosamente, as das gramíneas revelaram ter interesse no alívio dos sintomas dos problemas de próstata. A literatura científica não é tão formal como para os fitoesteróis, mas uma meta análise concluiu que um extrato de pólen de flor de centeio reduzia eficazmente a nicturia (emissão de urina produzida durante a noite) (15). Desde então foram publicados quatro ensaios clínicos (16-19) com constatações semelhantes. Segundo um deles, o pólen de gramíneas, em doses de 750 mg por dia, consegue mesmo atrasar o avanço da hipertrofia benigna da próstata.
A dose certa: 800 a 1000 mg de extrato de pólen, em 3 vezes às refeições, diariamente e durante 1 mês, seguidas de doses mais fracas durante os meses seguintes.
A casca de ameixoeira africana é um composto natural utilizado há milhares de anos na medicina tradicional africada para tratar uma grande variedade de problemas urinários. E a ciência parece uma vez mais vir confirmar a validade empírica: cerca de vinte ensaios clínicos, embora por vezes de fraca qualidade metodológica, deixam supor melhorias ao nível da frequência urinária, do volume de urina residual e dos despertares noturnos.
Na origem destes efeitos parecem estar os triterpenos; reduzem a inflamação na próstata e poderiam inibir os fatores de crescimento que originam o inchaço da próstata (20-21).
A dosagem certa: 50 a 100 mg de um extrato normalizado a 14% de triterpenos por dia, em uma ou mais doses.
Em menor grau ou em determinadas condições, deram também provas: o DIM, a vitamina E, o selénio (as deficiências em selénio estão associadas a um risco acrescido de cancro da próstata) as sementes de abóbora, a raiz de urtiga (reconhecida pela OMS e pela ESCOP para aliviar as dificuldades de micção).
Além da sua capacidade de abrandar o processo, estes complementos podem ser suficientemente eficazes para evitar que os homens recorram à cirurgia (22). Não afetam a função erétil (uma das queixas frequentes relativamente aos medicamentos) e atuam geralmente após 6 semanas de tratamento (por oposição aos 3 a 6 meses necessários para as alternativas medicamentosas).
São frequentemente combinados entre si, mas raramente são integrados numa única e mesma fórmula respeitando as dosagens ideais de cada ingrediente. Prosta Natural Formula faz parte das raras exceções do género, dado que contém todos os compostos citados nesta análise.