Sim, existem vários complementos que proporcionam benefícios inegáveis na memória e nos processos cognitivos, quer se trate de se lembrar mais facilmente de nomes, de números, de lembranças, de palavra-passe (aquilo a que se chama destinésia) ou simplesmente erradicar o declínio cognitivo que surge com a idade.
O DHA é um tipo de ácido gordo ómega 3 de origem marinha que pode melhorar a memorização de novas lembranças e facilitar relembrar as mais antigas. O organismo integra-o nas membranas celulares existentes, o que permite melhorar a flexibilidade destas. Ora, quanto mais flexível é uma membrana, maiores são as velocidades de transdução e de neurotransmissão. A toma de um suplemento de DHA leva a uma flexibilização progressiva das membranas, em particular as do cérebro, o que propicia o desenvolvimento dos prolongamentos neuronais, a criação das sinapses, a plasticidade neuronal, a maturação dos neurónios e subsequente migração para as zonas-alvo (1-2). Todos mecanismos envolvidos nos processos de memorização e de aprendizagem.
Como proporcionam também benefícios consideráveis para a saúde cardiovascular, os ómega 3 figuram entre os melhores complementos, independentemente das classes. A fosfatidilserina, um outro ácido gordo essencial nas membranas dos neurónios, atua exatamente da mesma forma.
São recomendadas curas de vários meses para cada uma destas substâncias (Super Omega-3 e PS 100), prevendo-se melhorias durante o período de cura e depois dele.
Relativamente pouco conhecida, a huperzina A é – no entanto – um dos melhores complementos para tratar os problemas de memória. Tal como a cafeína, é um alcalóide extraído de uma planta medicinal. A sua forma de atual é simples: aumenta os níveis de acetilcolina (um neurotransmissor indispensável na memória e na aprendizagem) impedindo a degradação desta (3). Contribui igualmente para proteger os neurónios da morte celular causada por níveis demasiado elevados de glutamato (4-5).
Nos ensaios clínicos que demonstraram a sua eficácia (melhoria da memória e do comportamento nas pessoas com doença de Alzheimer, com um declínio cognitivo avançado ou simples problemas da memória) (6-8), as doses diárias variam entre 100 e 400 µg.
Um suplemento a privilegiar quando os sinais do declínio já apareceram ou em caso de problemas de memória recorrentes.
Inúmeros ensaios clínicos mostraram que o Ginkgo biloba consegue otimizar as funções cognitivas travando em simultâneo o envelhecimento cerebral. É a sua grande riqueza em terpeno-lactonas que permite proteger as células neuronais dos agentes oxidantes (9-11), contribuindo para aumentar a conversão energética e a consolidação dos circuitos neuronais existentes (12). Ora, estes são os garantes da preservação das nossas lembranças e da otimização das nossas faculdades cognitivas. Outros estudos mostraram que os extratos normalizados em terpeno-lactonas aumentariam a serotonina nas sinapses, o que reforça a atividade do hipocampo – uma estrutura de integração da memória.
Uma meta análise recente mostrou que o Ginkgo era mais aconselhado às pessoas que desejavam melhorar progressivamente o seu quotidiano (dificuldades de concentração, pequenas alterações da memória, confusão, fraca eficácia cognitiva…) (13), à razão de 100 a 200 mg de extrato por dia durante, pelo menos, 3 meses.
Joia da medicina ayurvédica, o bacopa melhora vários domínios específicos da função cognitiva, como a velocidade de tratamento das informações e a memória. A investigação demonstrou a sua capacidade para potenciar vários mecanismos neuro moleculares envolvidos nas conexões entre as células do cérebro (aquilo a que se chama sinapses), nomeadamente ao nível do hipocampo, alto lugar da memória (14).
Inúmeros ensaios clínicos (15-16) evidenciaram melhorias significativas após a toma de um suplemento de bacopa (geralmente, com uma duração de, pelo menos, 12 semanas), nomeadamente no plano da aprendizagem, da lembrança livre (17-19), da memória associativa (20), da memória de atenção (21) e da memória visual! Na maioria dos ensaios, os desempenhos foram medidos objetivamente (graças a testes de memória fiáveis e reconhecidos cientificamente) e sistematicamente comparados aos efeitos de um placebo.
A exaustividade da literatura científica faz do bacopa um “campeão da memória”, destinado tanto a adolescentes como às pessoas que lutam contra o declínio cognitivo. Desde que se escolha complementos ricos em bacósidos (os princípios activos).
Em menor grau, deram também as suas provas: a colina, as vitaminas do complexo B (nomeadamente as vitaminas B6, B9 e B12), a curcumina (extraída do curcuma), o ginseng e o chá verde.
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