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Probiótico contra a barriga inchada

Qual é o melhor probiótico em caso de barriga inchada?

Apesar de ser uma situação frequentemente benigna, uma barriga inchada não deixa de ser uma fonte importante de desconforto. Descubra os reflexos a adotar e as melhores estirpes probióticas a ter em conta para a alisar definitivamente.

Barriga inchada – quais são as causas possíveis?

A barriga inchada traduz-se por uma distensão da zona abdominal, por vezes dolorosa, descrita como impressão de “barriga dura”. Esta perturbação é bastante frequente e, felizmente, sem gravidade na maioria dos casos.

Os inchaços abdominais resultam, na maioria das vezes, de uma acumulação de gases no intestino delgado; fala-se de distensões ou de meteorismo (1).

Este problema digestivo decorre de uma absorção de ar em excesso (aerofagia) ou de uma produção intestinal excessiva por fermentação bacteriana. Por vezes é acompanhado de dores de barriga, gorgolejos (borborigmos), uma sensação de peso, flatulências ou mesmo necessidade de arrotar (2).

Este fenómeno predomina geralmente após as refeições, mas também em casos de obstipação; de facto, a estagnação das fezes no tracto intestinal aumenta a atividade de fermentação.

Mais raramente, assume um caráter crónico; nesse caso, pode ser sinal de uma intolerância alimentar (lactose, glúten…), de intestino irritável ou de uma patologia digestiva mais grave (3-5).

Por vezes, a sensação de barriga inchada não tem uma causa digestiva direta. Nas mulheres, por influência hormonal, surge aquando da síndrome pré-menstrual (durante os dias que antecedem a menstruação) ou na menopausa (6-7). É também, por vezes, um dos sinais mais precoces de uma gravidez, provavelmente por efeito de uma libertação maciça de progesterona.

Tenho a barriga inchada; que fazer para remediar esta situação?

A alimentação desempenha um papel crucial no surgimento das distensões/inchaços. Na realidade, alguns alimentos fermentáveis potenciam insidiosamente o processo de fermentação e, por isso, o seu consumo deve ser limitado; são os famosos FODMAP (8). Nesta longa lista encontramos, entre outros, todos os legumes secos (lentilhas, grão de bico, feijão manteiga…), as crucíferas (couve-flor, brócolos…), as aliáceas (cebola, pimento…) e alguns frutos ricos em sorbitol (maçã, pera, ameixa…).

No entanto, não devem ser todos excluídos de forma sistemática. Por vezes, o simples facto de reduzir as porções ingeridas é suficiente para observar um alívio. Aconselhamos portanto uma avaliação da sua tolerância testando cada alimento individualmente e várias vezes para tentar determinar se existe um limite de consumo “aceitável”. Pode, por exemplo, ter um diário alimentar, no qual regista os alimentos consumidos e as respetivas repercussões na esfera digestiva; desse modo, poderá identificar mais facilmente os culpados.

Em contrapartida, as pastilhas elásticas são para pôr de lado, e por duas razões: além do seu teor elevado de polióis, obrigam-nos a engolir uma quantidade de ar impressionante enquanto mascamos (9). As bebidas gasosas, tal como o facto de beber com palhinha, são também fortemente desaconselhados (10).

Paralelamente, concentre-se em comer devagar (20 minutos, no mínimo), sentado e mantendo uma postura bem direita. Mastigue prolongadamente cada dentada de comida, mantendo a boca fechada para limitar a aerofagia. Evite igualmente usar roupas justas, que comprimem inutilmente a zona abdominal.

De salientar, por fim, que o stress e a ansiedade criam um contexto favorável ao surgimento dos inchaços (11-12). Técnicas de relaxamento como o ioga, a sofrologia ou a meditação podem contribuir para os regular.

As estirpes probióticas mais reputadas contra as distensões/os inchaços

A composição da nossa microbiota intestinal influencia diretamente o nosso bem-estar interior. Na sequência de determinados acontecimentos (consumo de alimentos industriais, alteração dos hábitos alimentares, toma de antibióticos…), a nossa flora intestinal pode entrar em desequilíbrio (disbiose), com uma subida das bactérias “más” em relação às “boas” (13). Este estado pode resultar em perturbações digestivas muito variadas, como a retenção de gases intestinais (15).

Ao repovoar temporariamente a flora intestinal com bactérias “amigas”, os probióticos fazem pender o rácio para o lado certo (15). Mas é preciso escolher as estirpes adequadas à sua problemática.

Para os inchaços associados a desconforto, os lactobacilos e as bifidobactérias figuram entre as mais apreciadas e mais estudadas (16). Mencionaremos, em particular:

  • Lactobacillus rhamnosus GG: povoando naturalmente as microbiotas digestiva (e vaginal), é aconselhada pela sua ação reguladora, modulando – nomeadamente – a absorção da água pela mucosa intestinal (17);
  • Lactobacillus plantarum: esta bactéria láctica de Gram positivo, presente na massa mãe ou na chucrute, foi objeto de vários estudos em pessoas com intestino irritável (18-19);
  • Lactobacillus acidophilus: muito comum nos laticínios, esta estirpe probiótica facilita a decomposição dos alimentos (20);
  • Bifidobacterium breve: presente no cólon dos bebés amamentados, intervém, nomeadamente, na fermentação dos açúcares (21);
  • Bifidobacterium longum longum: uma sub-espécie de Bifidobacterium longum, este fermento láctico apoia a captação da água pelo intestino, uma etapa crucial para um trânsito intestinal harmonioso (22);
  • Bifidobacterium longum infantis: presente no sistema digestivo e na cavidade bucal, esta outra sub-espécie de Bifidobacterium longum é uma das primeiras a colonizar as vias intestinais do bebé (23).

Entre as bactérias não lácticas, o interesse da levedura Saccharomyces cerevisae é igualmente digno de realce (24). Constitui um adjuvante útil para reforçar a colonização do trato intestinal inferior.

Por conseguinte, é particularmente sensato associar estas várias estirpes para beneficiar de uma ação sinérgica através de um suplemento microbiótico completo (à semelhança do potente Colon Friendly, que reúne numa só cápsula gastrorresistente as 4 estirpes Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium longum longum, Bifidobacterium longum infantis e Saccharomyces cerevisae).

Se deseja tirar partido de um espectro de microrganismos benéficos ainda maior, pode também optar por fórmulas multi-estirpe mais aprofundadas. Menos específicas, são todavia concebidas para se adaptarem o melhor possível às diversidade das microbiotas humanas (como Full Spectrum Probiotic Formula, que agrupa nada menos que 20 estirpes reconhecidas de Lactobacillus, Bifidobacterium e Streptococcus) (25).

O CONSELHO SUPERSMART

Referências

  1. Lacy BE, Gabbard SL, Crowell MD. Pathophysiology, evaluation, and treatment of bloating: hope, hype, or hot air? Gastroenterol Hepatol (N Y). 2011 Nov;7(11):729-39. PMID: 22298969; PMCID: PMC3264926.
  2. Seo AY, Kim N, Oh DH. Abdominal bloating: pathophysiology and treatment. J Neurogastroenterol Motil. 2013 Oct;19(4):433-53. doi: 10.5056/jnm.2013.19.4.433. Epub 2013 Oct 7. PMID: 24199004; PMCID: PMC3816178.
  3. Saha L. Irritable bowel syndrome: pathogenesis, diagnosis, treatment, and evidence-based medicine. World J Gastroenterol. 2014 Jun 14;20(22):6759-73. doi: 10.3748/wjg.v20.i22.6759. PMID: 24944467; PMCID: PMC4051916.
  4. Malik TF, Panuganti KK. Lactose Intolerance. 2022 May 16. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan–. PMID: 30335318.
  5. Ranasinghe IR, Hsu R. Crohn Disease. [Updated 2022 May 15]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK436021/
  6. Heitkemper MM, Chang L. Do fluctuations in ovarian hormones affect gastrointestinal symptoms in women with irritable bowel syndrome? Gend Med. 2009;6 Suppl 2(Suppl 2):152-67. doi: 10.1016/j.genm.2009.03.004. PMID: 19406367; PMCID: PMC3322543.
  7. Gudipally PR, Sharma GK. Premenstrual Syndrome. [Updated 2022 Jul 18]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560698/
  8. Magge S, Lembo A. Low-FODMAP Diet for Treatment of Irritable Bowel Syndrome. Gastroenterol Hepatol (N Y). 2012 Nov;8(11):739-45. PMID: 24672410; PMCID: PMC3966170.
  9. Larijani B, Esfahani MM, Moghimi M, Shams Ardakani MR, Keshavarz M, Kordafshari G, Nazem E, Hasani Ranjbar S, Mohammadi Kenari H, Zargaran A. Prevention and Treatment of Flatulence From a Traditional Persian Medicine Perspective. Iran Red Crescent Med J. 2016 Jan 31;18(4):e23664. doi: 10.5812/ircmj.23664. PMID: 27275398; PMCID: PMC4893422.
  10. Foley A, Burgell R, Barrett JS, Gibson PR. Management Strategies for Abdominal Bloating and Distension. Gastroenterol Hepatol (N Y). 2014 Sep;10(9):561-71. PMID: 27551250; PMCID: PMC4991532.
  11. Mari A, Abu Backer F, Mahamid M, Amara H, Carter D, Boltin D, Dickman R. Bloating and Abdominal Distension: Clinical Approach and Management. Adv Ther. 2019 May;36(5):1075-1084. doi: 10.1007/s12325-019-00924-7. Epub 2019 Mar 16. PMID: 30879252; PMCID: PMC6824367.
  12. Qin HY, Cheng CW, Tang XD, Bian ZX. Impact of psychological stress on irritable bowel syndrome. World J Gastroenterol. 2014 Oct 21;20(39):14126-31. doi: 10.3748/wjg.v20.i39.14126. PMID: 25339801; PMCID: PMC4202343.
  13. Shah T, Baloch Z, Shah Z, Cui X, Xia X. The Intestinal Microbiota: Impacts of Antibiotics Therapy, Colonization Resistance, and Diseases. Int J Mol Sci. 2021 Jun 20;22(12):6597. doi: 10.3390/ijms22126597. PMID: 34202945; PMCID: PMC8235228.
  14. Wei L, Singh R, Ro S, Ghoshal UC. Gut microbiota dysbiosis in functional gastrointestinal disorders: Underpinning the symptoms and pathophysiology. JGH Open. 2021 Mar 23;5(9):976-987. doi: 10.1002/jgh3.12528. PMID: 34584964; PMCID: PMC8454481.
  15. Shahrokhi M, Nagalli S. Probiotics. [Updated 2022 Jul 4]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK553134/
  16. Ringel-Kulka T, Palsson OS, Maier D, Carroll I, Galanko JA, Leyer G, Ringel Y. Probiotic bacteria Lactobacillus acidophilus NCFM and Bifidobacterium lactis Bi-07 versus placebo for the symptoms of bloating in patients with functional bowel disorders: a double-blind study. J Clin Gastroenterol. 2011 Jul;45(6):518-25. doi: 10.1097/MCG.0b013e31820ca4d6. PMID: 21436726; PMCID: PMC4372813.
  17. Segers ME, Lebeer S. Towards a better understanding of Lactobacillus rhamnosus GG--host interactions. Microb Cell Fact. 2014 Aug 29;13 Suppl 1(Suppl 1):S7. doi: 10.1186/1475-2859-13-S1-S7. Epub 2014 Aug 29. PMID: 25186587; PMCID: PMC4155824.
  18. Arasu MV, Al-Dhabi NA, Ilavenil S, Choi KC, Srigopalram S. In vitro importance of probiotic Lactobacillus plantarum related to medical field. Saudi J Biol Sci. 2016 Jan;23(1):S6-S10. doi: 10.1016/j.sjbs.2015.09.022. Epub 2015 Oct 9. PMID: 26858567; PMCID: PMC4705246.
  19. Ducrotté P, Sawant P, Jayanthi V. Clinical trial: Lactobacillus plantarum 299 v (DSM 9843) improves symptoms of irritable bowel syndrome. World J Gastroenterol. 2012 Aug 14;18(30):4012-8. doi: 10.3748/wjg.v18.i30.4012. PMID: 22912552; PMCID: PMC3419998.
  20. María Remes Troche J, Coss Adame E, Ángel Valdovinos Díaz M, Gómez Escudero O, Eugenia Icaza Chávez M, Antonio Chávez-Barrera J, Zárate Mondragón F, Antonio Ruíz Velarde Velasco J, Rafael Aceves Tavares G, Antonio Lira Pedrín M, Cerda Contreras E, Carmona Sánchez RI, Guerra López H, Solana Ortiz R. Lactobacillus acidophilus LB: a useful pharmabiotic for the treatment of digestive disorders. Therap Adv Gastroenterol. 2020 Nov 24;13:1756284820971201. doi: 10.1177/1756284820971201. PMID: 33281937; PMCID: PMC7692339.
  21. Quagliariello A, Aloisio I, Bozzi Cionci N, Luiselli D, D'Auria G, Martinez-Priego L, Pérez-Villarroya D, Langerholc T, Primec M, Mičetić-Turk D, Di Gioia D. Effect of Bifidobacterium breve on the Intestinal Microbiota of Coeliac Children on a Gluten Free Diet: A Pilot Study. Nutrients. 2016 Oct 22;8(10):660. doi: 10.3390/nu8100660. PMID: 27782071; PMCID: PMC5084046.
  22. Yao S, Zhao Z, Wang W, Liu X. Bifidobacterium Longum: Protection against Inflammatory Bowel Disease. J Immunol Res. 2021 Jul 23;2021:8030297. doi: 10.1155/2021/8030297. PMID: 34337079; PMCID: PMC8324359.
  23. Chichlowski M, Shah N, Wampler JL, Wu SS, Vanderhoof JA. Bifidobacterium longum Subspecies infantis (B. infantis) in Pediatric Nutrition: Current State of Knowledge. 2020 May 28;12(6):1581. doi: 10.3390/nu12061581. PMID: 32481558; PMCID: PMC7352178.
  24. Ducray HAG, Globa L, Pustovyy O, Morrison E, Vodyanoy V, Sorokulova I. Yeast fermentate prebiotic improves intestinal barrier integrity during heat stress by modulation of the gut microbiota in rats. J Appl Microbiol. 2019 Oct;127(4):1192-1206. doi: 10.1111/jam.14361. Epub 2019 Jul 9. PMID: 31230390; PMCID: PMC6852649.
  25. Benjak Horvat I, Gobin I, Kresović A, Hauser G. How can probiotic improve irritable bowel syndrome symptoms? World J Gastrointest Surg. 2021 Sep 27;13(9):923-940. doi: 10.4240/wjgs.v13.i9.923. PMID: 34621470; PMCID: PMC8462084.

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