0
pt
US
WSM
306827807

O meu carrinho

O seu carrinho está vazio.
Menu

Lista de alimentos que não fermentam no intestino

As flatulências e/ou o inchaço estão a arruinar a sua vida? Descubra a lista dos alimentos que fermentam menos no intestino para ajustar a sua dieta.

Digestão suave sem fermentação intestinal

Fermentação intestinal - um fenómeno natural

A primeira coisa a lembrar é que a fermentação é um processo fisiológico perfeitamente normal.

Resulta da degradação das fibras alimentares e de outros hidratos de carbono não digeríveis pelas bactérias do microbiota quando chegam ao intestino grosso.

Esta decomposição leva à produção de gases (azoto, hidrogénio, metano, dióxido de carbono, etc.) e de metabolitos benéficos, como os ácidos gordos de cadeia curta (AGCC), que alimentam os colonócitos, as células do cólon (1).

Neste sentido, a fermentação não é um problema em si. Mas quando se torna excessiva, pode causar desconforto digestivo que pode afetar seriamente a qualidade de vida.

Fermentação excessiva - quais são os sintomas?

Uma fermentação excessiva provoca uma acumulação significativa de gases no intestino, o que provoca:

  • distensão abdominal e inchaço (2);
  • flatulência, muitas vezes mal cheirosa;
  • espasmos intestinais dolorosos;
  • perturbações do trânsito intestinal (diarreia, obstipação ou alternância das duas).

Estes sintomas são particularmente acentuados nas pessoas que sofrem de síndrome do intestino irritável (SII) e/ou de sensibilidade aos FODMAP, açúcares fermentáveis que são mal absorvidos pelo intestino delgado (3-4).

Causas comuns de fermentação excessiva

Vários fatores propiciam uma fermentação excessiva no intestino:

  • uma alimentação demasiado rica em fibras e em glúcidos fermentáveis (FODMAPs);
  • um desequilíbrio do microbiota (disbiose intestinal);
  • um stress crónico que afeta a motricidade intestinal (5);
  • hipersensibilidade visceral, frequentemente associada à SII (6);
  • mastigação inadequada (7);
  • certas intolerâncias alimentares específicas, nomeadamente à lactose ou ao glúten (8-9).

Uma das formas mais eficazes de contrariar este fenómeno é rever o conteúdo dos seus pratos, dando prioridade aos alimentos que fermentam pouco ou àqueles que fermentam mais facilmente.

A lista dos alimentos que não fermentam no intestino

Os alimentos seguintes são pobres em compostos fermentáveis, o que os torna geralmente bem tolerados pelos intestinos sensíveis (10):

  • ovos;
  • carnes magras (frango, peru, vitela, coelho, etc.);
  • peixes brancos (bacalhau, pescada, linguado, juliana, etc.);
  • amidos refinados (arroz branco, massa branca, pão branco, etc.);
  • cereais naturalmente sem glúten (quinoa, trigo sarraceno, painço, polenta, etc.), batata, batata-doce, etc;
  • manteiga clarificada (ghee), azeite e óleo de coco;
  • frutos com baixo teor de FODMAPs: citrinos, bananas, morangos, framboesas, maracujá, papaia, kiwi, melão, tangerina, ruibarbo, coco;
  • legumes com baixo teor de FODMAPs: espinafres, cenoura, chicória, azeitonas, aipo, curgete, pepino, alface;
  • produtos lácteos sem lactose, como queijos curados de pasta dura (comté, emmental, beaufort, parmesão, etc.), bebidas à base de plantas e iogurtes (coco, soja, amêndoa, arroz);
  • xarope de ácer;
  • café, chá e chás de ervas.

Note que os métodos de cozedura também afetam a digestibilidade dos alimentos: na medida do possível, devem ser utilizados métodos suaves, como escalfar, cozer a vapor ou estufar.

Barriga inchada - quais os alimentos a evitar?

Pelo contrário, sabe-se que certos alimentos fermentam abundantemente no intestino (11).

Não se trata necessariamente de os eliminar, mas sim de moderar o seu consumo (em termos de frequência e/ou de quantidade) para avaliar a tolerância individual:

  • couves e legumes aliáceos (cebola, alho, alho francês, etc.);
  • as fontes de frutose (mel, certos frutos como a maçã e a pera, etc.);
  • carnes com alto teor de gordura e carnes frias;
  • leguminosas;
  • produtos integrais, nomeadamente os fabricados a partir do trigo;
  • produtos lácteos ricos em lactose: leite, queijo fresco, etc.
  • bebidas com gás;
  • os edulcorantes (polióis) contidos nas pastilhas elásticas, nos produtos com baixo teor de gordura, etc.

Que suplementos podem ajudar a aliviar os problemas ligados à fermentação?

Para além destas medidas dietéticas, certos suplementos alimentares específicos ajudam a reduzir a fermentação excessiva, a regular o trânsito intestinal e a apoiar de forma mais geral a mucosa.

Muitas vezes considerado como um "penso intestinal natural", o carvão vegetal ativado ajuda a reduzir o excesso de flatulências após as refeições (12).

Com a sua estrutura esponjosa, possui propriedades adsorventes que lhe permitem ligar os gases intestinais e impedir a sua acumulação no cólon (extraído naturalmente de uma madeira resinosa, o carvão vegetal é ativado para formar uma rede de poros ultrafinos, garantindo uma eficácia superior).

Vários estudos observaram perturbações na composição microbiótica das pessoas que sofrem de SII, particularmente propensas a inchaços e a problemas de trânsito intestinal (13).

Neste contexto, um probiótico que combine estirpes ativas no trato inferior (como Colon Friendly, que combina Saccharomyces cerevisiae, Bifidobacterium longum infantis, Bifidobacterium longum longum e Lactobacillus acidophilus) pode ajudar a restabelecer um equilíbrio intestinal saudável (14).

O butirato é um dos valiosos ácidos gordos de cadeia curta acima referidos.

Derivado principalmente da fermentação das fibras alimentares, pensa-se que contribui para reforçar a barreira intestinal, fundindo as junções estreitas que revestem as paredes (15).

Estudos sugerem também que desempenha um papel fundamental na modulação da inflamação intestinal (16). O problema é que a sua síntese varia muito de uma pessoa para outra, e pensa-se que está consideravelmente reduzida no caso do intestino irritável, daí a importância da toma de um suplemento externo (Butyrate Colon Formula é à base de tributirina, uma forma otimizada e muito assimilável de butirato) (17).

Desde a descoberta do eixo de comunicação intestino-cérebro, os investigadores suspeitam de uma ligação estreita entre as perturbações digestivas funcionais, como a SII, e o stress (18).

Uma vez que contribui para o funcionamento normal do sistema nervoso e dos músculos, o magnésio é uma opção interessante no caso de espasmos intestinais ligados a uma "hiperatividade" nervosa (o orotato de magnésio, presente no nosso Magnesium Orotate é uma forma altamente biodisponível e muito bem assimilada a nível digestivo) (19).

Por fim, as fibras solúveis moles e não fermentáveis, como as que encontramos no psílio (presente em Psyllium Husk), ajudam a harmonizar o trânsito intestinal de forma suave, ou seja, sem induzir uma produção excessiva de gases, e a restabelecer o conforto intestinal (20-21).

CONSELHOS SUPER INTELIGENTES

Referências

  1. Macfarlane GT, Macfarlane S. Fermentation in the human large intestine: its physiologic consequences and the potential contribution of prebiotics. J Clin Gastroenterol. 2011 Nov;45 Suppl:S120-7. doi: 10.1097/MCG.0b013e31822fecfe. PMID: 21992950.
  2. Seo AY, Kim N, Oh DH. Abdominal bloating: pathophysiology and treatment. J Neurogastroenterol Motil. 2013 Oct;19(4):433-53. doi: 10.5056/jnm.2013.19.4.433. Epub 2013 Oct 7. PMID: 24199004; PMCID: PMC3816178.
  3. Ringel-Kulka T, Choi CH, Temas D, Kim A, Maier DM, Scott K, Galanko JA, Ringel Y. Altered Colonic Bacterial Fermentation as a Potential Pathophysiological Factor in Irritable Bowel Syndrome. Am J Gastroenterol. 2015 Sep;110(9):1339-46. doi: 10.1038/ajg.2015.220. Epub 2015 Aug 25. PMID: 26303129; PMCID: PMC4983766.
  4. Wong WM. Restriction of FODMAP in the management of bloating in irritable bowel syndrome. Singapore Med J. 2016 Sep;57(9):476-84. doi: 10.11622/smedj.2016152. PMID: 27664186; PMCID: PMC5027396.
  5. Madison A, Kiecolt-Glaser JK. Stress, depression, diet, and the gut microbiota: human-bacteria interactions at the core of psychoneuroimmunology and nutrition. Curr Opin Behav Sci. 2019 Aug;28:105-110. doi: 10.1016/j.cobeha.2019.01.011. Epub 2019 Mar 25. PMID: 32395568; PMCID: PMC7213601.
  6. Farzaei MH, Bahramsoltani R, Abdollahi M, Rahimi R. The Role of Visceral Hypersensitivity in Irritable Bowel Syndrome: Pharmacological Targets and Novel Treatments. J Neurogastroenterol Motil. 2016 Oct 30;22(4):558-574. doi: 10.5056/jnm16001. PMID: 27431236; PMCID: PMC5056566.
  7. Mercier P, Poitras P. Gastrointestinal symptoms and masticatory dysfunction. J Gastroenterol Hepatol. 1992 Jan-Feb;7(1):61-5. doi: 10.1111/j.1440-1746.1992.tb00937.x. PMID: 1543871.
  8. Cenni S, Sesenna V, Boiardi G, Casertano M, Russo G, Reginelli A, Esposito S, Strisciuglio C. The Role of Gluten in Gastrointestinal Disorders: A Review. 2023 Mar 27;15(7):1615. doi: 10.3390/nu15071615. PMID: 37049456; PMCID: PMC10096482.
  9. Malik TF, Panuganti KK. Lactose Intolerance. [Updated 2023 Apr 17]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK532285/
  10. Galgano F, Mele MC, Tolve R, Condelli N, Di Cairano M, Ianiro G, D'Antuono I, Favati F. Strategies for Producing Low FODMAPs Foodstuffs: Challenges and Perspectives. 2023 Feb 17;12(4):856. doi: 10.3390/foods12040856. PMID: 36832931; PMCID: PMC9956220.
  11. Syed K, Iswara K. Low-FODMAP Diet. [Updated 2023 Sep 4]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK562224/
  12. Jain NK, Patel VP, Pitchumoni CS. Efficacy of activated charcoal in reducing intestinal gas: a double-blind clinical trial. Am J Gastroenterol. 1986 Jul;81(7):532-5. PMID: 3521259.
  13. Lajoie F, Rousseau G, Blanquet-Diot S, Etienne-Mesmin L. Syndrome de l’intestin irritable - Rôle du microbiote intestinal [Irritable bowel syndrome: Role of gut microbiota]. Med Sci (Paris). 2021 Jun-Jul;37(6-7):593-600. French. doi: 10.1051/medsci/2021095. Epub 2021 Jun 28. PMID: 34180818.
  14. Dale HF, Rasmussen SH, Asiller ÖÖ, Lied GA. Probiotics in Irritable Bowel Syndrome: An Up-to-Date Systematic Review. 2019 Sep 2;11(9):2048. doi: 10.3390/nu11092048. PMID: 31480656; PMCID: PMC6769995.
  15. Peng L, Li ZR, Green RS, Holzman IR, Lin J. Butyrate enhances the intestinal barrier by facilitating tight junction assembly via activation of AMP-activated protein kinase in Caco-2 cell monolayers. J Nutr. 2009 Sep;139(9):1619-25. doi: 10.3945/jn.109.104638. Epub 2009 Jul 22. PMID: 19625695; PMCID: PMC2728689.
  16. Recharla N, Geesala R, Shi XZ. Gut Microbial Metabolite Butyrate and Its Therapeutic Role in Inflammatory Bowel Disease: A Literature Review. 2023 May 11;15(10):2275. doi: 10.3390/nu15102275. PMID: 37242159; PMCID: PMC10221771.
  17. Yang N, Lan T, Han Y, Zhao H, Wang C, Xu Z, Chen Z, Tao M, Li H, Song Y, Ma X. Tributyrin alleviates gut microbiota dysbiosis to repair intestinal damage in antibiotic-treated mice. PLoS One. 2023 Jul 31;18(7):e0289364. doi: 10.1371/journal.pone.0289364. PMID: 37523400; PMCID: PMC10389721.
  18. Qin HY, Cheng CW, Tang XD, Bian ZX. Impact of psychological stress on irritable bowel syndrome. World J Gastroenterol. 2014 Oct 21;20(39):14126-31. doi: 10.3748/wjg.v20.i39.14126. PMID: 25339801; PMCID: PMC4202343.
  19. Gilca-Blanariu GE, Trifan A, Ciocoiu M, Popa IV, Burlacu A, Balan GG, Olteanu AV, Stefanescu G. Magnesium-A Potential Key Player in Inflammatory Bowel Diseases? Nutrients. 2022 May 3;14(9):1914. doi: 10.3390/nu14091914. PMID: 35565881; PMCID: PMC9102374.
  20. Ashraf W, Park F, Lof J, Quigley EM. Effects of psyllium therapy on stool characteristics, colon transit and anorectal function in chronic idiopathic constipation. Aliment Pharmacol Ther. 1995 Dec;9(6):639-47. doi: 10.1111/j.1365-2036.1995.tb00433.x. PMID: 8824651.
  21. Shulman RJ, Hollister EB, Cain K, Czyzewski DI, Self MM, Weidler EM, Devaraj S, Luna RA, Versalovic J, Heitkemper M. Psyllium Fiber Reduces Abdominal Pain in Children With Irritable Bowel Syndrome in a Randomized, Double-Blind Trial. Clin Gastroenterol Hepatol. 2017 May;15(5):712-719.e4. doi: 10.1016/j.cgh.2016.03.045. Epub 2016 Apr 11. PMID: 27080737; PMCID: PMC5064811.

Partilhe

Comentários

Deve estar ligado à sua conta para poder deixar um comentário

Este artigo ainda não foi recomendado; seja o primeiro a dar a sua opinião

Pagamento seguro
33 anos de experiência
Satisfeito
ou reembolsado;
Envio rápido