Lutar contra a inflamação crónica tem de começar logo pela manhã! Descubra os nossos melhores conselhos para um pequeno-almoço top.
A inflamação é, na sua génese, um processo salutar; corresponde à resposta imunitária do nosso organismo na sequência de uma agressão (vírus, bactéria, alergénio, ferimento…) com vista a manter a sua integridade.
Quando se instala de forma continuada, torna-se – no entanto – problemáatica; fala-se então de inflamação permanente ou de inflamação crónica. Insidiosa e muitas vezes silenciosa, está intrinsecamente ligada a diversas patologias, como os distúrbios metabólicos, os problemas cardiovasculares ou as doenças autoimunes (1-3).
Atualmente reconhece-se que a alimentação influencia a evolução dos mecanismos inflamatórios. Ao quebrar o jejum noturno, o pequeno-almoço é a altura de recarregar as baterias de forma saudável, dando o tom às nossas defesas imunitárias (4). Por isso, nada de tocar a nota errada!
O inimigo número 1 da inflamação qual é? O açúcar refinado. Além de não ter nutrientes, afetaria a permeabilidade da barreira intestinal e alteraria a diversidade do microbiota, cuja ligação à imunidade é hoje bem conhecida (5). Tente, por isso, na medida do possível, elaborar um pequeno-almoço sem açúcar adicionado.
Os produtos ultra transformados (bolachas, folhados, pão de forma…) deixaram de ser apreciados. E o açúcar não é o único culpado; os aditivos neles contidos, nomeadamente alguns emulsionantes, podem também alterar a flora de microbióticos (6).
E que dizer do pão branco? Se é verdade que torna o pequeno-almoço mais estaladiço após uma breve passagem pela torradeira, os nutricionistas dão-lhe cartão vermelho (7). Com um índice glicémico elevado (entre 70 e 80), comporta-se mais ou menos como um glúcido rápido. Quanto à manteiga e às pastas de barrar industriais que a acompanham, a sua riqueza em gorduras saturadas alimentaria alguns marcadores da inflamação (8).
Os autores especializados na alimentação anti-inflamatória sugerem igualmente limitar o consumo de certos alergénios, como os amendoins, o trigo, a soja, o leite de vaca ou os ovos. Não excluir de forma sistemática, mas avaliar consoante a sua própria tolerância.
Fontes de vitaminas, de minerais e de antioxidantes, os frutos frescos deveriam figurar em todos os pequenos-almoços que vivam combater a inflamação (9). Embora todos tenham benefícios reais, prefira os frutos vermelhos, os citrinos, a manga ou o kiwi, cuja parte carnuda pigmentada testemunha uma maior riqueza em compostos protetores. Consuma-os preferencialmente frescos e inteiros em vez de em sumo para tirar pleno partido das suas fibras saciantes.
Pouco apetecíveis ao saltar da cama, os legumes verdes de folha estão repletos de virtudes saudáveis. Contando-se entre os mais alcalinizantes, os espinafres são preconizados pelos naturopatas para neutralizar a acidez do corpo (10). Nem se nota num smoothie de fruta!
Combinando sais minerais, sitoesterol e flavonóides, a urtiga revela-se como um tesouro nutricional. O seu ácido cafeoilmálico possui também um efeito anti-inflamatório validado pela EFSA (11). A urtiga pode ser consumida seca e reduzida a pó. O seu sabor ligeiramente herbáceo fica bastante discreto e confunde-se facilmente num sumo verde ou numa infusão. Além das folhas, a raiz entra igualmente em determinados suplementos (como Nettle Root Extract, extrato de raiz de urtiga que contribui também, no caso dos senhores, para a saúde da próstata).
Um pequeno rizoma de cor laranja vivo, a curcuma tem uma ação anti-inflamatória devido aos seus curcuminóides, um benefício autorizado pela EFSA (12-13). Ao levantar, coloque-a em destaque num revigorante golden latte, o equivalente indiano do grogue; misture-o com leite de coco, canela, gengibre, um pitada de pimenta e um fio de mel. Pode também aumentar os seus aportes com suplementos de curcuma (por exemplo Natural Curcuma, normalizado a 95% de curcuminóides para uma eficácia máxima).
O gengibre exerce também propriedades anti-inflamatórias listadas pela EFSA, graças – entre outras coisas – ao seu teor de gingeróis (14-15). Macerado em água com limão, faz um sumo tónico perfeito para atacar o dia movimentado. Deseja tirar todo o partido dos benefícios dos gingeróis – e sem ter de “queimar a garganta”? Aposte num suplemento de extrato de gengibre (como Super Gingerols, normalizado a 20% de gingeróis).
Viciado nas torradas da manhã? Opte por pão levedado com massa mãe! Por efeito da fermentação, este apresenta um maior grau de digestibilidade e permite uma melhor assimilação dos nutrientes. Possui igualmente um IG inferior (cerca de 65), sempre bom de aproveitar para diminuir a inflamação crónica (16-17). O must? Uma farinha “de mistura” ou integral, preferencialmente pobre em glúten para preservar os intestinos sensíveis (como a espelta). Se pertence ao clube da “taça de cereais”, substitua os seus corn flakes por flocos de aveia, que despertam imenso interesse aos cientistas pela respetiva concentração de beta-glucanos (18).
Por último, não limite os ómega 3 para reequilibrar a balança com os ómega 6, que se tornam pró-inflamatórios quando em excesso (19-20). As sementes de linhaça, de chia ou de cânhamo, bem como as nozes contêm-nos de forma natural.
Receita 1 – o pequeno-almoço continental revisitado
2 fatias de pão levedado com massa mãe + puré de noz
+ 1 iogurte de leite de cabra
+ 1 pequena taça de morangos
+ 1 infusão chaï curcuma-gengibre
Receita 2 – o muesli especial inflamação
50 a 60 g de flocos de aveia + 1 c. sopa de sementes de chia + 1 c. sopa de bagas de goji + 5 nozes + 1 kiwi aos quadrados + 125 ml de bebida de amêndoa
+ 1 chá verde limão-gengibre
Receita 3 – o brunch salgado
1 crepe de farinha de trigo sarrazeno + omelete de espinafres e curcuma (2 ovos + 100 g de rebentos de espinafres + ½ c. café de curcuma + sal + pimenta) + alguns tomates cereja
+ 1 chá verde leve
Como nem sempre é fácil resistir todos os dias ao apelo de um croissant quentinho, continua a ser interessante no quotidiano enriquecer os seus aportes de substâncias benéficas para o seu equilíbrio interior com um suplemento sinérgico adequado (que agrupa curcuma, gengibre e outros antioxidantes como o tulsi; a potente fórmula InflaRelief é o seu melhor parceiro matinal) (21).
As pessoas que apreciam InflaRelief gostam também geralmente de tomar um pouco de CBD, mas sobretudo à noite (mais especialmente com CBD Spray, um suplemento de canabidiol garantido sem THC, cuja toma sublingual propicia uma ação rápida) (22).
A inflamação crónica está na origem de inúmeras patologias. Mas não é uma fatalidade – descubra os nossos conselhos para a combater de forma natural com a ajuda de plantas!
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