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Vitamina E, tocotrienóis, tocoferóis: tudo o que deve saber!

Reabastecer-se de vitamina E? Claro! Mas esta vitamina é mais complexa do que parece. Para que serve? Sob que forma a deve tomar? O que são tocoferóis e tocotrienóis?

Para que serve a vitamina E?

A vitamina E, como todas as outras vitaminas, desempenha um papel essencial no organismo. Esta vitamina, que é armazenada no tecido adiposo, possui propriedades antioxidantes muito importantes visto que, na verdade, “caça” os radicais livres. Protege as células do corpo contra os efeitos nocivos do stress oxidativo e da degenerescência, combatendo, assim, o envelhecimento. Também está envolvida em diferentes metabolismos (neuromusculares, por exemplo) e participa na regulação do crescimento celular.

Quais são os benefícios para a saúde da vitamina E?

Foram realizados numerosos estudos sobre a vitamina E e, hoje, sabe-se que ela protege contra as doenças cardiovasculares, controlando a formação de coágulos e reduzindo o mau colesterol (LDL). Reduz, assim, o risco de enfarte e de AVC. Outras pesquisas destacaram as propriedades da vitamina E na prevenção de alguns cancros (designadamente, cancro da próstata nos fumadores) e algumas doenças infecciosas (através do sistema imunitário). Enfim, segundo um estudo publicado no relatório da American Psychiatric Association , a vitamina E pode ter um efeito (ligeiramente) preventivo em caso de doença de Alzheimer precoce.

Onde encontrar a vitamina E?

A vitamina E encontra-se facilmente na alimentação, uma vez que os óleos vegetais (girassol, colza, azeitona...) são particularmente ricos. A vitamina E também está presente em quantidades interessantes nos frutos de casca rija (nozes, avelãs, amêndoas...) e nos legumes de folhas verde-escuro (designadamente, a couve). O que conta para se reabastecer e satisfazer as necessidades diárias (12 mg/dia para os adultos) é variar os alimentos ricos em vitamina E. A título de exemplo, uma colher de sopa de óleo de girassol (cerca de 15 ml) fornece 6 mg de vitamina E, a mesma quantidade de óleo de gérmen de trigo, 21 mg.

Deficiências, quais são as consequências?

As deficiências de vitamina E são raras no ser humano. São geralmente observadas em pessoas que sofrem de doenças que impedem uma boa absorção intestinal (doença de Crohn, por exemplo). O que não significa que toda a gente satisfaz as suas necessidades. Um estudo realizado nos Estados Unidos e no Canadá e publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics revelou que as necessidades de vitamina E dos Americanos não eram inteiramente satisfeitas pela alimentação. As deficiências traduzem-se por distúrbios musculares neurológicos.

Tocotrienóis e tocoferóis: quais as diferenças?

Na verdade, a vitamina E reúne diferentes compostos classificados da seguinte forma: 4 formas de tocoferóis (alfa-tocoferol, beta-tocoferol, gama-tocoferol e delta-tocoferol) e 4 formas de tocotrienols (alfa-tocotrienol, beta-tocotrienol, gama-tocotrienol en delta-tocotrienol). Os tocotrienóis distinguem-se pelas suas três duplas ligações. possuem mais ligações insaturadas e penetram, assim, mais facilmente no interior das células. Estas duplas ligações também aumentam a capacidade antioxidante das moléculas.

Tocotrienóis e tocoferóis: quais escolher?

O alfa-tocoferol é a forma mais presente no organismo, mas para que os efeitos da vitamina E sejam totalmente benéficos, é preciso acumular todos os seus compostos. Conhecidos há menos tempo que os tocoferóis, os tocotrienóis parecem (segundo os estudos mais recentes) ter benefícios para a saúde particularmente interessantes. Podem assim reduzir o risco de ataque em caso de aterosclerose das artérias carótidas, refere um estudo americano datado de 1995. Os tocotrienóis têm, por outro lado, a capacidade de regular e reduzir o colesterol produzido pelo fígado, segundo vários outros estudos realizados na década de 90, propriedade que os tocoferóis não têm. Qual é o problema? Os tocotrienóis são muito mais raros do que os tocoferóis, por conseguinte, mais difíceis de encontrar na suplementação.

Sintética ou natural, quais as diferenças?

Pode-se encontrar vitamina E sob duas formas: natural (nos alimentos ou em suplementos alimentares) ou sintética (apenas em suplementos alimentares). O único problema, o corpo absorve melhor a vitamina E natural, porque a sua biodisponibilidade é até duas vezes superior à da vitamina E sintética. Por conseguinte, é preciso tomar de 1,5 a 2 vezes mais vitamina E sintética para obter os mesmos efeitos. Registe-se, por outro lado, que na maioria dos casos, a vitamina E em cápsulas é essencialmente composta por tocoferóis e, especialmente, por alfa-tocoferóis; independentemente de ser natural ou sintética. Se desejar tomar vitamina E sob a forma de suplementos alimentares, leia bem os rótulos para conhecer a sua composição exata; o ideal é ter o conjunto dos 8 compostos ou, pelo menos, 4 formas de tocoferóis. Outro ponto a não menosprezar: a vitamina E atua em sinergia com os outros antioxidantes. É, assim, mais interessante associá-la à vitamina C.

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