A cistite é uma inflamação da bexiga provocada geralmente por uma infeção bacteriana. A bactéria mais frequentemente associada a este problema é a Escherichia Coli, naturalmente presente no sistema digestivo, nomeadamente ao nível do reto e do cólon.
A cistite surge quando bactérias Escherichia Coli naturalmente presentes no cólon e no reto migram para os genitais e, depois, sobem a uretra, antes de se implantarem na parede da bexiga. Aí, as bactérias colonizam o meio, provocando a infeção urinária (1).
A infeção urinária manifesta-se por vários sintomas particularmente incomodativos (2):
Regra geral sem gravidade, as infeções urinárias podem, no entanto, originar complicações, nomeadamente ao nível dos rins, quando as bactérias patogénicas sobem pelo uréter e colonizam os rins; nesse caso, surge uma pielonefrite.
As mulheres têm uma uretra de comprimento inferior à dos homens. Este pouco comprimento facilita a entrada anormal de bactérias na bexiga através deste canal.
Além disso, a proximidade entre o ânus e a vagina propicia a colonização por bactérias; estas migram pela biopelícula hidrolipídica situada entre o ânus e a vagina e contaminam a uretra.
Por outro lado, durante a gravidez e também devido à menopausa, as alterações hormonais a que as mulheres estão sujeitas podem propiciar a estase urinária (ou seja, uma micção incompleta) que, por sua vez, propicia o desenvolvimento das bactérias patogénicas na bexiga (dado que estas são normalmente evacuadas ao urinar) (3-4).
Por fim, durante as relações sexuais, o orifício da uretra fica particularmente exposto aos agentes patogénicos e pode, por isso, ser contaminado, propiciando por essa via o surgimento de infeções urinárias.
Dado que a infeção urinária é causada por uma infeção bacteriana por Escherichia Coli, o único tratamento preconizado pelas autoridades de saúde é um tratamento antibiótico, frequentemente monodose, que permita o desaparecimento dos sintomas de cistite em poucos dias (5).
É igualmente recomendado hidratar-se corretamente: beber em grande quantidade permite urinar frequentemente, o que permite evacuar as bactérias patogénicas da bexiga.
Nesta lógica, certos médicos podem recomendar o consumo de plantas diuréticas para aumentar o volume das urinas (dente-de-leão, cavalinha, bardana, etc.).
O arando (igualmente conhecido pelo nome inglês: cranberry) é uma pequena baga ácida, estrela da cozinha da América do Norte, que cresce nas turfeiras e que é há vários anos alvo de um entusiasmo considerável. Rico em antioxidantes e em vitamina C, é considerado frequentemente um super alimento.
Mas, acima de tudo, o arando é reputado por prevenir o surgimento de cistites, nomeadamente em virtude da sua riqueza em proantocianidinas, polifenóis que impediriam a E.Coli de se fixar na parede da bexiga. Todavia, esta reputação ainda não está atualmente validada pela EFSA (6).
Por outro lado, a OMS reconhece a utilização tradicional de determinadas outras plantas para aliviar ou prevenir as infeções urinárias; equináceas e anis verde, nomeadamente, graças às respetivas propriedades imunoestimulantes ou antibacterianas. Existem igualmente outros remédios naturais anti cistite ou, de forma mais geral, excelentes produtos naturais para o conforto urinário (como a fórmula sinérgica Complete Uricare).
Que pensar então da capacidade dos probióticos para agir contra as infeções urinárias?
Para começar, determinados estudos tendem a demonstrar a existência de uma flora urinária (7) (ou seja, uma microbiota situada na bexiga). A existência da microbiota vaginal (também designada flora vaginal), por seu lado, está amplamente comprovada.
Certas estirpes de lactobacilos evidenciam assim resultados promissores em matéria de prevenção das infeções urinárias, nomeadamente o Lactobacillus rhamnosus GR-1 e o Lactobacillus reuteri RC-14, quer os probióticos sejam administrados por via oral ou intravaginal (8). Uma estirpe pertencente a esta primeira espécie de microrganismos encontra-se, aliás, na fórmula sinérgica Vaginal Health, dedicada ao equilíbrio da flora vaginal.
Vários estudos realizados sobre o Lactobacillus crispatus mostram também que a respetiva toma na forma de supositórios vaginais está associada a uma redução das infeções urinárias recorrentes nas mulheres pré-menopáusicas (9-10).
Convém, no entanto, esperar pelos resultados de estudos mais abrangentes para ter uma ideia clara sobre os efeitos dos probióticos na bexiga. Existe, além disso, uma outra razão importante para utilizar os probióticos em caso de infeção urinária…
As pessoas propensas às cistites, têm geralmente várias ao longo do ano. Por isso, estas pessoas podem fazer vários tratamentos antibióticos. Ora, está demonstrado que os tratamentos antibióticos podem prejudicar gravemente a microbiota intestinal (11).
Neste contexto, os probióticos permitem contribuir para manter uma microbiota intestinal normal durante e – sobretudo – depois de um tratamento antibiótico usado para lutar contra uma cistite (12); consideremos os probióticos Probio Forte ou Full Spectrum Probiotic Formula (que contém aliás, entre outros, microrganismos da espécie Lactobacillus crispatus).
Além dos tratamentos curativos, existem alguns gestos que permitem evitar o surgimento das infeções urinárias. Trata-se, principalmente, de gestos relativos à boa saúde da vulva e da vagina.
Como a flora vaginal é constituída, nomeadamente, por Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus salivarus, Lactobacillus casei, Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis, inúmeras mulheres fazem regularmente curas de fórmulas probióticas que integram estes microrganismos (como Vaginal Health) com o intuito de cuidar da sua microbiota vaginal (13).
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